Sobre Miguel Ângelo
Começou a sua atividade musical aos 10 anos na "Tuna Musical de Fiães", onde frequentou aulas de formação musical, guitarra e, mais tarde, contrabaixo. Na década de 80 iniciou um projeto na área do rock, denominado "Curtes Baldei-me", onde tocou guitarra baixo. Volvidos alguns anos, foi na Escola de Jazz do Porto que retomou os seus estudos musicais, trabalhando baixo elétrico com o professor Alberto Jorge. Ainda que a música rock tenha constituído, durante algum tempo, o seu campo de interesse artístico, foi o jazz que acabou por conquistar toda a sua atenção. Ainda sob a orientação do contrabaixista Alberto Jorge, reiniciou os seus estudos de contrabaixo e combo com o pianista Paulo Gomes, na Escola de Jazz do Porto, em finais dos anos 90. Mais tarde, prosseguiu os mesmos com o contrabaixista Pedro Barreiros e, posteriormente, contou com o apoio do contrabaixista António Augusto Aguiar. Frequentou o curso oficial de música com os professores Alenxander Worf e Joel Silva até ao 5º grau, na Academia de Paços de Brandão e posteriormente em Sta. Maria da Feira. Alguns anos após ter terminado a sua licenciatura em Informática/Matemática Aplicada, pela Universidade Portucalense, voltou em 2004 ao ensino superior, desta vez para estudar Contrabaixo.
Em 2008 concluiu a sua Licenciatura em Contrabaixo/Jazz na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE), onde teve a oportunidade de trabalhar com António Augusto Aguiar, Damien Cabaud, Carlos Bica, Zé Eduardo, Michael Lauren, Nuno Ferreira, Carlos Azevedo, Pedro Guedes, Telmo Marques, entre outros. Participou em vários workshops, nomeadamente com o Contrabaixista Carlos Bica, Zé Eduardo, Thomas Morgan, Dan Weiss, etc.
Na sequência do lançamento do seu primeiro disco como líder e compositor, BRANCO (porta-jazz 2013), é lhe atribuído um apoio ao espetáculo e Tournée pela Fundação GDA.
Em 2014, o disco de estreia do Ensemble Super Moderno, formação que integra, foi considerado pela crítica como o melhor disco de Jazz do ano.
Em 2016, lançou o seu segundo disco, A VIDA DE X (porta-jazz), com o seu habitual quarteto, Joaquim Rodrigues no piano, João Guimarães no Sax e Marcos Cavaleiro na bateria. O disco foi considerado pela revista Jazz.pt, pelo crítico Phil Barnes, na revista All About Jazz e por vários críticos nacionais como um dos melhores discos de Jazz de 2016.
No ano de 2017, lançou o seu disco a Solo “I Think I’m Going To Eat Dessert” (Creative Sources) e em 2019, inicia o Projeto Miguel Ângelo Utopia (MAU), acompanhado por Miguel Moreira (guitarra) e Mário Costa (bateria), que nesse mesmo ano editou o seu disco de estreia “UTOPIA” (Porta-Jazz).
Teve o privilégio de tocar com vários músicos nacionais e internacionais destacando-se Chris Cheek (com o qual gravou o disco MAP + Chris Cheek), Ohad Talmor, Dan Weiss, Frank Vanagee, Virxílio Silva e muitos mais.
Em 2020, obteve o apoio da Fundação GDA para a gravação e edição do disco Dança dos Desastrados.
Atualmente lidera o seu próprio quarteto com o qual lançou os discos BRANCO (2013), A VIDA DE X (2016); DANÇA DOS DESASTRADOS (2021), o seu trio com o projeto MAU; co-lidera o projeto MAP; e integra o Pedro Neves trio, os MAZAM de João Mortágua, Carlos Azevedo Quarteto, Sónia Pinto quinteto e o Jogo de Damas.
Tem participado em vários concertos em Portugal e no estrangeiro (Cabo Verde, França e Espanha), salientando-se as apresentações no 6º Kriol Jazz Fest (Cabo Verde), Jimmy Glass Jazz Club (Valencia – Espanha), Festival PortaJazz, Angra Jazz (Açores), Festa do Jazz do S. Luiz, Festival Internacional de Cangas, ImaxinaSons –Vigo, Hot Clube (lisboa), Douro Jazz, Festival de Jazz Marin (Espanha), Festival de Jazz de Pontevedra (Espanha), Festival Otonalidades, Festa do Avante, Europarque, CCB, Queima das Fitas do Porto, Festival de Vilar de Mouros e Paredes de Coura, Casa do Música, etc.